quarta-feira, 15 de julho de 2015

CLIMATÉRIO – PERIMENOPAUSA – MENOPAUSA, A DÍADE HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE É UM DOS COMPONENTES MAIS COMPLEXOS DO SISTEMA ENDÓCRINO; É FUNDAMENTAL NA COORDENAÇÃO DE TODA RESPOSTA ENDÓCRINA ESTABELECENDO RELAÇÕES DE CONTROLE MÚTUO SOBRE A MAIORIA DAS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS E CONTROLANDO, POR SI SÓ, MUITOS ASPECTOS DA HOMEOSTASIA CORPORAL. FISIOLOGIA–ENDOCRINOLOGIA–NEUROENDOCRINOLOGIA–GENÉTICA–ENDÓCRINO-PEDIATRIA (SUBDIVISÃO DA ENDOCRINOLOGIA): DR. JOÃO SANTOS CAIO JR. ET DRA. HENRIQUETA VERLANGIERI CAIO.

CLIMATÉRIO – PERIMENOPAUSA – MENOPAUSA, e outras disfunções como obesidade abdominal. Grupo de hormônios tróficos sintetizados, armazenados e liberados pela hipófise anterior (adeno-hipófise): ACTH (hormônio adrenocorticotrófico), TSH (hormônio tireoestimulante), LH (hormônio luteinizante), FSH (hormônio folículo-estimulante), GH (hormônio de crescimento), ou somatotrofina, e a prolactina. Esses hormônios possuem uma abrangência ímpar, que além de permitir através de sua eficiência homeostática a vida como a conhecemos e em geral é um equivoco pensar que uma pessoa com a evolução de sua senescência tenha deficiência isolada de apenas uma substância desse complexo secretor de comandos isoladamente. Um conjunto de hormônios ou fatores de inibição ou liberação dos hormônios tróficos da adeno-hipófise, os produzidos no hipotálamo (recebem a designação de fator quando é conhecida uma atividade ou as múltiplas atividades, mas não foi esclarecida a molécula e mecanismos envolvidos além de sua logística, entretanto, quando essas funções são conhecidas chamamos de hormônios). Após o seu desenvolvimento a glândula hipofisária é simplesmente um agregado de células-glandulares (adeno-hipófise) e células neurais com função secretora (neuro-hipófise); as primeiras derivam da bolsa de Rathke, formada por células ectodérmicas da porção superior da cavidade oral, as últimas desenvolvem-se a partir da ectoderma da parte inferior do 3º ventrículo, persistindo um pedículo de conexão ao hipotálamo. A irrigação é complexa; a hipófise posterior é irrigada pela artéria hipofisária inferior, ao passo que a porção superior ligada ao hipotálamo, é irrigada pela artéria hipofisária superior. A artéria hipofisária superior divide-se numa rede capilar, no pedículo de ligação ao hipotálamo, que drena, pelas veias portais longas, que levam o sangue até à adeno-hipófise. 
A adeno-hipófise recebe, também, sangue através das veias portais curtas oriundas dos plexos capilares da artéria hipofisária inferior (na neuro-hipófise). No final, o sangue é drenado para o sistema venoso dural. A adeno-hipófise não recebe uma perfusão arterial direta, os seus leitos capilares são segundos leitos e, adicionalmente, encontra-se no exterior da barreira hematoencefálica, o que a torna muito acessível à ação reguladora de uma grande diversidade de substâncias. As interrelações que se estabelecem entre a adeno-hipófise e as glândulas endócrinas periféricas são exemplos da regulação por feedback. Na hipófise, os hormônios estimulantes hipotalâmicos e os hormônios das glândulas alvo, periféricas, exercem ações antagônicas. A adeno-hipófise é composta por células endócrinas, reguladas por estímulos com origem hipotalâmica (neurócrinos), que são veiculados no sangue porta hipofisário. Estes estímulos podem ser de liberação ou de inibição; correspondem a fatores segregados junto ao hipotálamo (na eminência mediana) pelos terminais axonais após estimulação neuronal. Passam ao plexo capilar da artéria hipofisária superior, às veias portais longas e à adeno-hipófise. As células glandulares adeno-hipofisárias respondem alterando a sua produção de hormônios tróficos. Globalmente, há uma combinação de funções neurócrinas e endócrinas. Recentemente a pesquisadora ET al. Roberta D. Brinton, Jia Yao, Fei Yin, Wendy J. Mack & Enrique Cadenas em seu trabalho de pesquisa “Perimenopausa como um estado de transição neurológica”, Nature Review Endocrinology 11, 393-405 (2015) Publicado on-line 26 de maio de 2015, acrescenta uma série de informações importantes, ou seja, a perimenopausa é um estado de transição da meia-idade experimentado por mulheres que ocorre no contexto de um sistema e resultados neurológicos em pleno funcionamento em senescência reprodutiva. 
Embora considerada, sobretudo, como uma transição de reprodução, os sintomas da perimenopausa são em grande parte de natureza neurológica. Os sintomas neurológicos que emergem durante a perimenopausa são indicativos de interrupção em vários sistemas regulados por estrogênios (incluindo termorregulação, sono, ritmo circadiano e processamento sensorial) e afetam vários domínios da função cognitiva. O estrogênio é o principal regulador que funciona através de uma rede de receptores de estrogênio para assegurar que o cérebro responda de forma eficaz à rápida, intermediação e períodos de tempo consideráveis ​​para regular o metabolismo da energia no cérebro através de vias de sinalização coordenada e transcrição. A rede do receptor de estrogênio torna-se desacoplada do sistema durante a transição bioenergética da perimenopausa e, como corolário, a um estado hipometabólico associado a uma disfunção neurológica pode se desenvolver. Para algumas mulheres, este estado hipometabólico pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças neurodegenerativas mais tarde na vida. A transição da perimenopausa pode também representar uma janela de oportunidade para prevenir doenças neurológicas relacionadas à idade. Esta revisão considera a importância dos sintomas neurológicos em perimenopausa no contexto de seu relacionamento com a rede de receptores de estrógeno que controlam o metabolismo no cérebro. Nessas condições devemos inferir que a prevenção traz à mulher uma série de proteções que superam na atual evolução científica e terapêutica, custos, benefícios, superiores aos eventuais riscos controláveis.


Dr. João Santos Caio Jr.

Endocrinologia – Neuroendocrinologista
CRM 20611

Dra. Henriqueta V. Caio
Endocrinologista – Medicina Interna
CRM 28930

Como saber mais:
1. A identificação do sobrepeso e da obesidade deve fazer parte dos programas de reabilitação do assoalho pélvico (AP) feminino, uma vez que a redução do peso corporal pode contribuir para redução da severidade da disfunção...
http://hormoniocrescimentoadultos.blogspot.com.

2. A base fisiopatológica da relação entre obesidade e disfunções do AP é a correlação entre o índice de massa corporal (IMC) e a pressão intra-abdominal...
http://longevidadefutura.blogspot.com

3. Sugere-se que o sobrepeso e a obesidade podem estressar cronicamente o assoalho pélvico (AP) feminino pelo aumento de pressão intra-abdominal e com a diminuição do IMC há sensível diminuição da incontinência urinária (IU)...
http://imcobesidade.blogspot.com

AUTORIZADO O USO DOS DIREITOS AUTORAIS COM CITAÇÃO
DOS AUTORES PROSPECTIVOS ET REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA. 

Referências Bibliográficas:
Caio Jr, João Santos, Dr.; Endocrinologista, Neuroendocrinologista, Caio,H. V., Dra. Endocrinologista, Medicina Interna – Van Der Häägen Brazil, São Paulo, Brasil; Brinton, R. D. in Brockelhurst's Textbook of Geriatric Medicine and Gerontology (eds Fillit, H., Rockwood, K. & Young, J.) 163–171 (Saunders, 2010); Butler, L. & Santoro, N. The reproductive endocrinology of the menopausal transition.Steroids 76, 627–635 (2011); Harlow, S. D. et al. Executive summary of the Stages of Reproductive Aging Workshop + 10: addressing the unfinished agenda of staging reproductive aging. Menopause 19, 387–395, (2012); Greendale, G. A., Ishii, S., Huang, M. H. & Karlamangla, A. S. Predicting the timeline to the final menstrual period: the study of women's health across the nation. J. Clin. Endocrinol. Metab. 98, 1483–1491 (2013); United States Census Bureau. World population by age and sex, (2014); Brinton, R. D., Gore, A. C., Schmidt, P. J. & Morrison, J. H. in Hormones, Brain and Behavior 2nd edn (eds Pfaff, D. W. et al.) 2199–2222 (Elsevier, 2009); Burger, H. G., Dudley, E. C., Robertson, D. M. & Dennerstein, L. Hormonal changes in the menopause transition. Recent Prog. Horm. Res. 57, 257–275 (2002); Paus, T., Keshavan, M. & Giedd, J. N. Why do many psychiatric disorders emerge during adolescence? Nat. Rev. Neurosci. 9, 947–957 (2008); Petricka, J. J. & Benfey, P. N. Reconstructing regulatory network transitions. Trends Cell Biol. 21, 442–451 (2011); Chen, L., Liu, R., Liu, Z. P., Li, M. & Aihara, K. Detecting early-warning signals for sudden deterioration of complex diseases by dynamical network biomarkers. Sci. Rep. 2, 342(2012); Wilson, R. S., Leurgans, S. E., Boyle, P. A. & Bennett, D. A. Cognitive decline in prodromal Alzheimer disease and mild cognitive impairment. Arch. Neurol. 68, 351–356 (2011); Ramagopalan, S. V., Dobson, R., Meier, U. C. & Giovannoni, G. Multiple sclerosis: risk factors, prodromes, and potential causal pathways. Lancet Neurol. 9, 727–739 (2010); Santoro, N. & Sutton-Tyrrell, K. The SWAN song: Study of Women's Health Across the Nation's recurring themes. Obstet. Gynecol. Clin. North Am. 38, 417–423 (2011); Burger, H et al. Nomenclature and endocrinology of menopause and perimenopause. Expert Rev. Neurother. 7 (11 Suppl.), S35–S43 (2007); Genazzani, A. R. et al. Endocrinology of menopausal transition and its brain implications.CNS Spectr. 10, 449–457 (2005).



Contato:
Fones: 55 (11) 2371-3337 / (11)5572-4848 / (11) 9.8197-4706  
Rua Estela, 515 - Bloco D - 12º andar - Conj 121/122
Paraíso - São Paulo - SP - CEP 04011-002
Email: vanderhaagenbrasil@gmail.com 

Site Van Der Häägen Brazil
www.vanderhaagenbrazil.com.br
http://drcaiojr.site.med.br
http://dracaio.site.med.br



Instagram
https://instagram.com/clinicascaio/

João Santos Caio Jr
http://google.com/+JoaoSantosCaioJr

Vídeo
http://youtu.be/woonaiFJQwY